Vamos falar sobre Chapéus, de sua origem à sua forte tendência nesse inverno.
A palavra chapéu deriva de uma palavra do latim antigo, “cappa”, “capucho”, que significa “peça usada para cobrir a cabeça” e do francês antigo chapel atual chapeau.
O chapéu surgiu na pré história usado pelos homens que caçavam e cuidavam de suas tribos e clãs, eram responsáveis também pela defesa, residiam em lugares quentes e criaram estas peças para se protegerem.
Porém os registros mais antigos sobre a existência do uso de chapéus e proteções para a cabeça, são do ano de 4.000 a.C., no Antigo Egito, Grécia e Babilônia, época em que era normal usarem faixas de tecido na cabeça, para prender e proteger os cabelos, algo mais semelhante aos turbantes, e eram usadas também cordas finas com essa mesma finalidade. A fita ou “bandana” usados hoje em dia tem referência nesses primeiros adornos.

Mais tarde surgiram os turbantes, tiaras e coroas, que eram usadas pelos sacerdotes e pelos guerreiros, para definir status sociais. Os escravos na antiga Roma eram proibidos de usar chapéu, quando libertos, adotavam uma espécie de chapéu semelhante ao “Barrete” (boné em forma de cone com a ponta caída para o lado).

Abaixo veremos os níveis sociais associados a cada tipo de chapéu. O primeiro considerado um chapéu, nasceu por volta do ano 2000 a.C. e tinha o nome de “Pétaso”, originário dos gregos tinha uma copa baixa e umas das abas largas, era usado em viagens, como forma de proteção, sua grande versatilidade de poder ser ajustado e retirado facilmente fizeram com que perdurasse na Europa durante toda a Idade Média.

Na Idade Média, as igrejas não permitiam que nenhuma mulher mostrasse os cabelos em público. Por isso, usavam várias formas de esconderem o cabelo, a forma mais usada e simples, era um pano de linho que caía sobre os ombros e abaixo deles, os cabelos eram penteados para trás escondidos pelo chapéu e se aparecesse algum cabelo na testa, o cabelo era raspado para que não tirasse a atenção do chapéu.

Véus de noiva e as mantilhas espanholas são o que sobreviveu da moda dessa época.
Conhecido como chapéu de fada ou bruxa, o ‘Hénnin’ (campanário), surgiu no ano de 1400, em forma de cone ponte agudo, com um longo véu preso na parte superior, também uma variação com dois cones.

Logo depois surgiu outro adorno que tornou-se bem popular , ‘Crespine’ (estrutura de arame em forma de chifres cilíndricos ou esféricos), os cabelos que eram divididos ao meio, torcidos nas laterais e colocados no que servia de apoio ao véu dando o formato de asas de borboleta ou de coração.

Em 1500 começam a usar capuzes enfeitados com jóias e bordados.
No final do Séc. XVIII aparecem as primeiras chapelarias e após a Revolução Francesa surgem os gorros com abas largas, dotados de fita ou faixa com um nó abaixo do queixo.

Em 1860 foram substituídos por chapéus que eram presos a cabeça por grampos.

No início do séc. XX os penteados volumosos originaram chapéus grandes, e nas primeiras décadas os chapéus femininos foram evoluindo em formas e estilos variados.
- 1900





- 1950





Os chapéus específicos de distinção profissional como o dos soldados, marinheiros, cozinheiros, entre outros ainda permanecem.
Atualmente os chapéus são acessórios e caracterizam vários estilos através das diferentes formas, materiais e cores.

E também é uma das grandes apostas de grifes nacionais e internacionais

Nesse inverno use e abuse desse acessório, arrase!
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Por Pri Marx, Professora do Núcleo de Criação da Sigbol Fashion.
Referências: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22.