Tanto no submundo alternativo entre os góticos e os punks, quanto na moda mainstream (o fast fashion que veste a massa dominante) as caveiras estão presentes em estampas corridas ou localizadas, em acessórios e tatuagens, cada uma significando algo (ou não) para quem a carrega no corpo ou na pele.
Celebrações como Dia de Los Muertos no México, o Halloween nos Estados Unidos e até mesmo o Zombie Walk utilizam essa estética mais sombria cheia de caveirismos.
E não tão diferente de nós aqui do Continente Americano, a tribo Omo Masalai em Nova Guiné também faz suas celebrações em um festival denominado Sing Sing onde os membros pintam seus rostos e corpos com desenhos e formas que nos remetem à passagem entre a vida e a morte.
Nota-se a semelhança e a impressionante estética entre tal ritual e o cenário alternativo ocidental.
Ao contrário do que muitos pensam os primórdios de tal estética no mundo fashion deu-se a partir da moda mainstream, com aparição de Elsa Schiaparelli juntamente com Salvador Dalí na década de 20. Foi precisamente em 1938 na coleção denominada Circus que ambos criaram o vestido esqueleto dando início a peças inspiradas em caveiras durante o século XX.
Com o decorrer dos anos essa tendência se renovou em desfiles de designers renomados como Alexander Mcqueen, Christian Lacroix, Iris Van Herper, Alexandre Herchcovitch, etc.
Nas subculturas e seus representantes musicais, a estética se faz presente na forma mais questionadora e impressionante possível.
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Por Mayara Behlau, professora do Núcleo de Criação da Sigbol Fashion